O homossexual Manoel Sudário da Silva, de 40 anos,
conhecido como "Sarita", foi encontrado morto na tarde desta
segunda-feira (18), na casa onde morava, localizada na Rua Vila Nova, bairro
Cidade de Deus, zona norte de Manaus. O corpo de Sarita estava jogado no chão,
com várias perfurações de faca. De acordo com informações da perícia, haviam
preservativos usados próximo ao corpo, que estava despido e quase foi degolado
pelo autor do crime.
Vizinhos afirmaram que a vítima morava no local do
fato há aproximadamente seis anos, era bem quista na comunidade e não tinha envolvimento
com coisas ilícitas. Natural de Itaituba, interior do Estado do Pará, Manoel morava sozinho e não
tinha parentes em Manaus. O caso segue sob investigação da Delegacia
Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
“Esse é um dos muitos crimes bárbaros que assolam a
comunidade LGBT. Buscaremos soluções junto à Secretária de Estado de Segurança
Pública do Amazonas (SSP-AM), Delegacia Geral de Polícia Civil e DEHS, para que
essa atrocidade não fique impune, e que o assassino seja preso e pague pelo
crime que cometeu. Queremos justiça por Manoel Sudário da Silva”, ressaltou
Bruna La Close, presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBTI+ de Manaus.
Para o coordenador estadual da Articulação
Brasileira de Gays no Amazonas (Artgay) Rosinaldo Rodrigues, crimes contra a
comunidade LGBT no Amazonas são recorrentes, mas quase nunca são divulgados no
mapa da violência do Governo Federal, o que torna esse número inexpressivo
diante das estatísticas. "Isso é muito preocupante. Muitos dos crimes
contra a população LGBT no Amazonas não são noticiados e nem registrados pelas
autoridades locais, o que faz com que os verdadeiros números desse tipo de violência
não sejam contabilizados de maneira real. Esperamos que as autoridades possam
solucionar esse caso, para que os assassinos de Sarita não fiquem impunes”,
afirmou.
Foto: Divulgação.
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